Quem viu Senegal brilhar na Copa do Mundo de 2002, mesmo sem ter chegado às semifinais, não imaginaria que eles entrariam numa decadência tão grande no futebol nos anos seguintes. Sem conseguir bons resultados mesmo dentro do continente africano, e os jogadores-chave dos Leões de Teranga no Mundial da Ásia deixando a seleção por diversos motivos, incluindo brigas políticas, como Pape Bouba Diop, Salif Diao, Aliou Cissé, El Hadji Diouf e Henri Camara, a seleção deixou de figurar entre as seleções de destaque no futebol, deixando de disputar, até mesmo, a Copa Africana em 2010. Com fraca estrutura do futebol dentro do seu território, foi feito um trabalho para reestruturar, pelo menos, o necessário para o país mudar seu rumo, pelo menos a nível de seleções.
Com um trabalho iniciado pelo técnico e ex-jogador da seleção Lamine N'Diayie (atual técnico do TP Mazembe, da Rep. Democ. do Congo), foi feita uma mudança na mentalidade dos jogadores que ainda faziam parte da seleção, havendo uma alta rotatividade baseada no desempenho, com 36 jogadores convocados no período de um ano. Com uma média de idade de 26 anos, com jogadores que sequer defenderam as seleções de base do país, a seleção do oeste africano recuperou a alegria e a espontaneidade que marcaram a campanha de 2002 no Japão e na Coréia do Sul, e com destaques que já amadureceram no futebol europeu, como os atacantes Demba Ba, Papiss Cissé, e Mamadou Niang (o último com mais de 30 anos), eles fizeram uma campanha, até aqui, impecável na Copa Africana de Nações, confirmando a classificação com uma rodada de antecedência para o torneio principal, que irá acontecer ano que vem, no Gabão e na Guiné Equatorial, e ainda podem ter eliminado Camarões, do consagradíssimo Samuel Eto'o, que tem remotas chances de se classificar como melhor segundo colocado das fase eliminatória.
Jogadores celebrando vitória sobre a R.D. do Congo em Lubumbashi pelas
Eliminatórias da Copa Africana de Nações. Fonte: Site da CAF (cafonline.com)
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