Com clássicos regionais decidindo os campeonatos dos principais estados do futebol brasileiro neste domingo (a exceção foi no Rio Grande do Sul, com o Caxias fazendo a final contra o Internacional, mas perdendo do mesmo jeito), todo mundo quase sempre fala dos mesmos assuntos no bate-papo de amanhã: a vitória tranqüila do Fluminense nos dois jogos da decisão no Rio contra o Botafogo, o bicampeonato do Santa Cruz sobre o maior rival Sport no Recife, o título inapelável do Atlético-MG em Minas após vencer o América-MG por 3 a 0, a decisão por pênaltis no Atletiba (título conquistado pelo Coritiba), o título baiano do Bahia depois de 11 anos sobre o Vitória-BA, e é claro, a final do Paulistão, com o tricampeonato do Santos e mais um show do badaladíssimo Neymar. Porém, neste mesmo título santista, um jogador de presença marcante em clubes brasileiros nos últimos anos bateu um recorde pra poucos no futebol: conquistou o 10º título estadual seguido. Trata-se de Severino dos Ramos Durval da Silva, ou simplesmente, Durval.
O paraibano de 32 anos começou sua carreira nas categorias de base do Confiança-SE, mas se profissionalizou no desconhecido Unibol, de Pernambuco. Porém, sua trajetória mudaria de maneira vencedora ao se transferir para o Botafogo da Paraíba, em 2002. Ganhou um Campeonato Paraibano em 2003, e não parou mais de ganhar títulos, pelo menos nos estados onde ele atuou no futebol brasileiro. Em 2004, ganhou o campeonato de Brasília pelo Brasiliense e ainda ajudou o clube a subir, pela única vez, à Série A do Campeonato Brasileiro. Foi ao Atlético-PR, onde ganhou o Campeonato do Paraná, tetracampeão pernambucano pelo Sport nos quatro anos seguintes, além de uma Copa do Brasil em cima do Corinthians, e se transferiu para o Santos, e nos últimos três anos, tricampeonato paulista, além do título da Copa do Brasil, e do título mais importante de sua carreira, a Taça Libertadores da América do ano passado, pelo Santos.
Durval, de 32 anos, o mais novo "dono" de recordes no futebol brasileiro, com 10 títulos estaduais seguidos (Foto: Google Images) |
Astros como Pelé, Zidane, Maradona, Mathaüs, Lionel Messi e outros, sempre tiveram mais destaque que outros jogadores que atuaram com eles. Porém, isso não tira o brilho de jogadores menos cobiçados por pessoas envolvidas com o meio. Cada um tem que fazer sua função no futebol, que é um esporte coletivo. Ninguém é campeão sozinho, e não é porque algumas estrelas são mais visíveis do que outras "a olho nu" que as estrelas menores vão deixar de brilhar.
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