segunda-feira, 29 de agosto de 2011

No dia 30/08, começa o Pré-Olímpico de Basquete Masculino. Brasil só se classifica com muita sorte

       Vai começar amanhã, em Mar del Plata, na Argentina, o torneio Pré-Olímpico de Basquete Masculino, no qual as duas primeiras colocadas se classificam para as Olimpíadas de Londres, no ano que vem. Quem ficar em terceiro e quarto lugares, terá uma última chance no Pré-Olímpico Mundial, que acontecerá em julho do ano que vem, com seleções dos cinco continentes, com pleno favoritismo europeu para garantir as vagas restantes.
        O Brasil, que não joga o torneio olímpico pra homens desde 1996, parece não ter aprendido bem com os fracassos do passado. Com exceção de Tiago Splitter (jogador do San Antonio Spurs), nenhum dos astros brasileiros da NBA veio participar da competição, cada um dando uma desculpa mais esfarrapada que a outra. Resta ao Brasil contar com os astros da Euroliga, com destaque para o armador do Barcelona, Marcelinho Huertas, e uma base de jogadores dos principais times da liga brasileira, o NBB. Argentina, campeã olímpica em Atenas, e Porto Rico, com muitos astros da NBA, são as favoritas para garantirem as vagas para o torneiro olímpico na Grã-Bretanha.
        Num momento que o basquetebol brasileiro busca reforçar suas bases dentro do próprio país, o renovado time verde-amarelo conta com uma provável instabilidade emocional dos porto-riquenhos para ganhrem a vaga direta para os Jogos Olímpicos. Os conterrâneos dos Menudos vão para o torneio com um time tecnicamente melhor que o Brasil, mas eles vacilam demais em horas decisivas, como no último campeonato mundial, quando foram eliminados na primeira fase, após uma derrota inimaginável para a Costa do Marfim. Ou é isso para chegarmos à final, contra os anfitriões argentinos, ou contarmos com uma sorte ainda maior, e com uma consciência "milagrosa" dos brasileiros da NBA, para tentarmos a vaga no Pré-Olímpico Mundial ano que vem. Senão, só mesmo no Rio de Janeiro, em 2016.

domingo, 21 de agosto de 2011

Uma gota de esperança. Brasil, pentacampeão mundial Sub-20 de futebol

     Em um momento que a seleção principal do Brasil perdeu o crédito e a paixão do torcedor brasileiro, os jovens da seleção sub-20 do Brasil mostraram, na Colômbia, que dá para recuperar o respeito e os tempos de glória que a seleção parece (ou parecia) estar perdendo nos últimos anos. Em um jogo eletrizante, no estádio El Campín, em Bogotá, o Brasil vence a seleção sub-20 de Portugal por 3 a 2, em 120 minutos de jogo.
     Sob forte chuva, o Brasil abriu o placar no início de jogo com um gol contra em cobrança de falta, que acabou sendo atribuído ao meio-campista Oscar. Poucos minutos depois, Portugal empata com um gol de Alex. No segundo tempo, o Brasil passa por um drama com a virada lusitana. Gol de Nélson Oliveira em rápido contra-ataque pela direita, com falha do goleiro brasileiro Gabriel. Aos 33 do segundo tempo, foi a vez do goleiro português Mika (eleito o melhor da competição durante o torneio) falhar. Negueba faz inversão para Dudu, que entrou no lugar do inoperante Phillipe Coutinho. O "coringa" da seleção chuta cruzado, e o guarda-metas português rebate para o meio da área. Oscar pega o rebote e empata para o Brasil: 2 a 2. Isso força a prorrogação. Nos primeiros 15 minutos, Gabriel fez uma defesa crucial em um chute cara-a-cara de Caetano, que tinha entrado no final do tempo normal. Aos seis do segundo tempo da prorrogação, o gol do título verde-amarelo. Oscar cruza na área, erra o cruzamento, mas a bola engana o goleiro Mika, que estava adiantado, e acaba encobrindo o português, confirmando a virada e o título brasileiro. 3 a 2. O atacante brasileiro Henrique foi eleito o melhor jogador do torneio e ganhou a Chuteira de Ouro como goleador.
       Talento o Brasil sempre teve. Mas essa seleção campeã provou que garra, seriedade e vontade de vencer ainda são essenciais para quem quer se afirmar no esporte, não pensando apenas em dinheiro e viajar "a passeio" pela Seleção. Quem sabe podemos ter uma fé maior na seleção Canarinho nas Olimpíadas e nas Copas do Mundo a seguir. Os campeões sub-20 provaram que é possível, e Mano Menezes tem que acordar pra melhorar o time principal do Brasil.  

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Corinthians vence na volta de Liédson, que prova de um único jogador pode fazer a diferença, sim

      Todo mundo que gosta de esportes já ouviu falar que o conjunto é mais importante que o indivíduo. Mas um indivíduo que é mais objetivo que outros, sempre se mostrando útil quando precisa, faz falta em qualquer grupo no mundo. Liédson provou isso ao retornar hoje ao Corinthians.
      Em um jogo disputado em Ipatinga, contra o desesperado Atlético-MG, que tenta escapar do rebaixamento, levando dois gols ainda no primeiro tempo, o Timão conseguiu uma virada histórica, marcando três gols no segundo tempo, o último sendo de Liédson, e numa noite inspirada de Emerson, o Sheik, o centroavante brasileiro que defendeu Portugal na última Copa do Mundo, mostrou que fazia falta na seqüência irregular que o time tinha ao longo da competição, com vários jogos ruins e derrotas inacreditáveis (como para o provável rebaixado Avaí por 3 a 2). O repatriado atacante mostrou que, com ele em campo, o ataque do Corinthians adquire outra consistência, e os gols perdidos cara-a-cara com os goleiros adversários não se perdem mais. Isso é muito notório no time do Botafogo, que sentiu demais a ausência de Loco Abreu no jogo de hoje contra o Internacional, pois o Alvinegro do Rio de Janeiro perdeu a força ofensiva, e ainda perdeu o jogo por 1 a 0 no Beira-Rio.
    Mas voltando ao Timão, a bela exibição da dupla Sheik e Liédson fez o Corinthins voltar à liderança do Campeonato Brasileiro, esperando o jogo de quinta-feira à noite entre Flamengo e Atlético-GO para saber se dormirá na liderança isolada ou não. E os times, não só do Brasil, mas do mundo inteiro, procuram isso: alguém que apareça pra decidir, dentro de um grupo nivelado por cima. 

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Alemanha vence o Brasil por 3 a 2. Quando farão mudanças?

        Mais uma vez a mesma história. Em um jogo bom (é o mínimo que se espera de um jogo de futebol entre Brasil e Alemanha), a seleção alemã venceu, de maneira até certo ponto incontestável, a seleção brasileira por 3 a 2, em Sttutgart, em um amistoso numa "data FIFA", com outras seleções importantes jogando hoje pelo mundo. E não dá pra dizer que houve desinteresse, como aconteceu na Copa América. O que houve foi falhas técnicas do time ao longo do jogo, especialmente no segundo tempo, quando saíram os cinco gols da partida.
        Com um primeiro de maior presença alemã no ataque, o Brasil armou um esquema para segurar o ímpeto do jovem time da Alemanha na primeira etapa, botando os estrantes Ralf e Fernandinho para fazer a contenção durante o jogo. Mas no segundo tempo, os limites do time foram expostos. Ainda no início do jogo, Fernandinho dá um belo passe para Alexandre Pato, que tenta encobrir o goleiro Neuer, mas chuta pra fora do gol. Aí, os alemães fazem dois gols. Um de pênalti, com Schweinsteigger, e outro do novo xodó da Alemanha, Gotze (o Lionel Messi Alemão, segundo Franz Beckenbauer), após um belo passe de Toni Kroos. Só então Mano decide mexer na criação do time e coloca P.H. Ganso em campo no lugar de Fernandinho. Robinho diminui de pênalti (pelo menos gol de pênalti, ele não desaprendeu como se faz). Mas aí, os alemães fizeram um terceiro gol, sem forçar muito, numa falha incrível do lateral-esquerdo André Santos. Ele tenta sair com a bola da área brasileira e perde a bola para Schweinsteigger, que rola para Schurrle, em um chute cruzado, marcar o terceiro gol da seleção européia. O Brasil ainda reduz aos 47 do segundo tempo, com gol de Neymar, de fora da área, após um passe de Fred. Mas ficou nisso, 3 a 2 para a Alemanha, e mais uma vez, a seleção da "Era Mano" perde para um time de ponta. Desde 2009 que a seleção brasileira não vence uma seleção que está entre as dez primeiras colocadas no Ranking da FIFA. A última foi a Inglaterra, em novembro daquele ano, em um amistoso disputado no Catar. 
        Está se falando em dar "tempo ao tempo", que é um grupo em processo de renovação, mas não vencer nenhuma seleção grandiosa em mais de um ano de trabalho, e ainda fazer uma campanha revoltante na principal competição do continente, não dá para se perdoar mais uma quantidade de erros tão grandes. O Mano Menezes deverá ser o técnico do Brasil nas Olimpíadas em Londres, no ano que vem. Se ele quiser ganhar esse título inédito para a nossa seleção, terá que mudar as atitudes dele e dos jogadores como grupo, e levar essa mudança também para a seleção principal. O Brasil ainda enfrentará Argentina e mais dois adversários este ano, além de um possível quarto jogo. Se a situação continur como está, a era de Mano Menezes vai se transformar em 'Já Era, Mano!", com a seleção correndo sério risco de passar vergonha em casa na Copa de 2014.